quinta-feira, 20 de maio de 2010

Jeitinho brasileiro



Hoje fiquei pensando em como seria bom se todos nós "pudessemos" fazer vários cursos, nos formar em várias profissões. Se o mundo fosse tomado só de conhecimento. Onde todo mundo gostasse de ler, escrever, buscasse conhecer novas culturas... Ou se pelo menos todos que tem, realmente, essa vontade, tivessem oportunidade de adquirir essa sabedoria. É tão difícil nos dias de hoje poder buscar uma boa educação e estudo. Do básico ao superior. O ensino médio e fundamental de colégio público é de uma precariedade sem dimensão. O privado é uma vergonha, porque muitas vezes quem não quer aprender são os próprios alunos - só percebem depois que saíram o quanto perderam de aprender. O ensino superior é aquela polêmica: Cotas. Justo ou não? Não sei. Não tenho uma opinião muito bem elaborado á respeito. Por um lado sim, por outro não. Quem não tem condições de pagar um faculdade privada e não teve uma base muito reforçada, talvez mereça uma chance como essa. Afinal, que culpa tem a pessoa de não ter dinheiro suficiente? Por outro lado, não acho certo essa descriminação com quem tem condições, muitas vezes nem tanta, quanto alguns imaginam. Estudaram e se esforçaram todos esses anos para conseguir entrar numa faculdade pública. E aí? Quando chega a vez deles de entrar, tá lá. A nova lei das cotas. Pra alguns sorte, outros, muito azar. Mas estamos aí né. Com tantas outras injustiças e irregularidades nesse Brasil, resolvi falar sobre essa. Talvez seja só mais uma tentiva de justiça mal elaborada. Entendem? Empurram com a barriga o problema real e tentam uma solução mais imediata. Afinal que mal tem se nem todos saem satisfeitos. Aqui é assim mesmo.
Essa descriminação acaba criando cada vez mais richas e preconceito. Este pequeno parágrafo narra um pouco do que acontece:

"Seguindo esse sistema, os alunos são classificados pela sua condição sócio-econômica e pela raça. As vagas na universidade são distribuídas segundo essa classificação. Em geral, 50% são reservadas para pobres, negros, índios e deficientes físicos vindos da escola pública. A proporção poderá ser adaptada, em cada Estado, em função dos dados do censo. Como o sistema não cria novas vagas, os restantes 50% das vagas irão para todos os demais candidatos. Estes terão que obter uma nota mínima bem mais alta. Assim, cria-se campo fértil para tensões: pobres X ricos; negros X brancos; escola pública X privada."

terça-feira, 18 de maio de 2010

Também posso errar???

Esses dias li um e-mail com um texto muito interessante da jornalista Leila Ferreira, apresentadora de Tv e autora do livro Mulheres - Porque será que elas...?
O texto é o seguinte..


"Posso Errar? Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu “errado”. Foi num hotel, onde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de ver que tinha deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia nem shopping num raio de 10 quilômetros . A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador) do kit do hotel. Opção? Maneira de dizer. Meus cabelos, superoleosos, grudam só de ouvir a palavra “condicionador”. Mas fui em frente. Apliquei o produto cautelosamente, enxaguei, fiz a escova de praxe e... surpresa!Os cabelos ficaram soltos e brilhantes — tudo aquilo que meus nove vidros de xampu “certo” que deixei em casa costumam prometer para nemsempre cumprir. Foi aí que me dei conta do quanto a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa certa,dizer a coisa certa — e a pergunta que não quer calar é: certa pra quem? Ou: certa por quê?O homem certo, por exemplo: existe ficção maior do que essa? Minha amiga se casou com um exemplar da espécie depois de namorá-lo seteanos. Levou um mês para descobrir que estava com o marido errado. Ele foi “certo” até colocar a aliança. O que faz surgir outra pergunta:certo até quando? Porque o certo de hoje pode se transformar no equívoco monumental de amanhã. Ou o contrário: existem homens quechegam com aquele jeito de “nada a ver”, vão ficando e, quando você se assusta, está casada — e feliz — com um deles.E as roupas? Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e,na hora de sair para a festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado? As vendedoras juraram que era a escolhaperfeita, mas talvez você se sentisse melhor com uma dose menor de perfeição. Eu mesma já fui para várias festas me sentindo fantasiada.Estava com a roupa “certa”, mas o que eu queria mesmo era ter ficado mais parecida comigo mesma, nem que fosse para “errar”.Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas de saúde, e ela me respondeu: “Eu sei que está errado,mas a gente tem que fazer alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça. "O que eu queria mesmo era trair meu marido, mas issoeu não tenho coragem. Então eu fumo”. Sem entrar no mérito da questão — da traição ou do cigarro —, concordo que viver é, eventualmente,poder escorregar ou sair do tom. O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos torna parceirosinteressantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá status, a idade que devemos aparentar. Obedecer, ou acertar, sempre éfazer um pacto com o óbvio, renunciar ao inesperado.O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem quando constatam que ele não sabe dirigir e tem semprealguém que pergunta: “Como assim?! Você não dirige?!”. Com toda a calma, ele responde: “Não, eu não dirijo. Também não boto ovo, nãofabrico rádios — tem um punhado de coisas que eu não faço”. Não temos que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos. Como diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras: “Não sou obrigada a gostar de comida japonesa, nem a termanequim 38 e, muito menos, a achar normal uma vida sem carboidratos”. O certo ou o “certo” pode até ser bom. Mas às vezes merecemosaposentar régua e compasso. "

terça-feira, 11 de maio de 2010

Começo de um novo mundo, meu.


Fiquei refletindo hoje. Será mera vontade de aparecer? Não, pelo menos eu acredito que não. Sempre tento escrever, mas começo a manipular meus próprios pensamentos, mesmo quando to escrevendo só pra mim. Fico escrevendo... E de repente me pego manipulando as palavras pra uma possível pessoa que venha a descobrir minhas idéias e loucuras. Na verdade, faz tempo que não escrevo. Acho que desaprendi. Escrever no sentido de contar alguma coisa minha, dos meus pensamentos. Não no sentindo de escrever em um papel um monte de anotações e informações que entram por um ouvido e saem por outro. Vou tentar assim, escrever e pensar, porque se eu começar a pensar refletir e pensar de novo, sabe- se lá, talvez até saísse algo mais interessante, mais bem elaborado, mas não seria natural.
Meu objetivo aqui é desabafar, pelo menos por enquanto, já que minha psicóloga se mudou para Pensilvânia e só volta algum dia, o pior é isso, não sei quando. To sentindo tanta falta, era tão bom saber que eu podia contar tudo para ela e eu sabia que receberia um conselho sábio, com alguma base piscicológica, algum conhecimento. Faz falta.
Ontem aconteceu uma coisa engraçada, chata pra falar a verdade. Loucura da minha cabeça. Comecei a pensar em mil coisas ao mesmo tempo e depois me questionava com possibilidades de acontecimentos que nunca poderiam acontecer, mas eu não conseguia para de pensa. Eu falava comigo mesma: - Chega! Para de se idiota, porque ta pensando nisso? Não tem mais nada pra fazer? Que loucura é essa. Isso é o tipo de coisa que eu não sei se devia escrever aqui. Falei que não ia pensar duas vezes, nem refletir. De qualquer jeito eu ainda posso decidir apagar tudo isso e ninguém nunca lerá. Ou quem sabe eu vou postar mesmo. Idéia a minha, quem disse que alguém vai se prestar a ler isso tudo. Nem é o objetivo mesmo, se alguém achar interessante um bando de pensamentos e monólogos. Bem vindo. Em todo caso, acho difícil. Por isso vou continuar. O blog pode ser só meu. Meu diário virtual quem sabe, pelo menos alivia um pouco minha cabeça. Insônia também.
Ironia odeio. Ás vezes até queria ser, um pouco, irônica (em algumas ocasiões é uma boa saída). Acho-as interessantes, as pessoas irônicas. Gosto de analisar. Julgo por antecipação, mas na maioria das vezes fica tudo guardado pra mim. Quase sempre não muda, mas quando muda... Me engano feio. Tenho uma tese: Quem é muito espalhafatoso, gosta de chamar a atenção e sempre faz piadinhas irônicas, se esconde atrás do medo, o medo de ser julgado, de ser visto sem máscara, de ser sem graça. Quem não tem graça, inventa. Quando inventa demais, eu desconfio. É... Eu to pensando nisso, porque hoje vi gente assim.
Se eu não parar de falar agora vou começar a inventar palavras soltas, just bullshit. Queria poder falar que vou dormir, seria ótimo. Mas to indo estudar. Até um dia desses.